N. 20
Os casos mais benignos apresentam um quadro clinico indefinido que, muitas vezes, permite suspeitar de uma infecção viral inespecífica.
Os quadros de mediana intensidade podem ser confundidos com os de dengue.
Nos quadros clássicos, a doença evolui em três fases.
1° Fase – O vírus se multiplica nos tecidos linfáticos e nos órgãos hematopoieticos (formadores do sangue). É a fase de multiplicação e é assintomática.
2° Fase – O vírus invade a corrente sanguínea, continuando a se multiplicar. É a fase de viremia, apresentando o inicio da febre com calafrios (39° a 40° C) acompanhada de dores de cabeça, dores musculares, dores articulares e dores localizadas ao longo da coluna dorso lombar (raquialgia). Apresentam vermelhidão das conjuntivas oculares, prostração intensa, dores abdominais acompanhadas de náuseas, vômitos e hemorragias precoces.
3° Fase – O vírus se fixa nos tecidos, especialmente nos rins, no fígado, no baço e ocorre a fase de toxemia que, normalmente, aparece após um período enganador de remissão e se caracteriza por apresentar febre, sintomas urinários, sintomas hemorrágicos e sintomas hepáticos.
A temperatura volta a subir, acompanhada de congestão venosa, com o paciente apresentando as extremidades com uma coloração arroxeada (cianose).
Se o paciente sobreviver à fase toxemica, começa a convalescer após 8 dias de doença e demorará algum tempo para se recuperar completamente, mantendo-se fraco e com cansaço fácil (astenia) por alguns meses.
Os exames de sangue revelam hemoconcentração, leucopenia (redução de glóbulos brancos), redução do numero de plaquetas o que facilita as hemorragias.
Agente Infeccioso
Da mesma forma que a dengue, a febre amarela é uma arbovirose causada por um vírus.
A febre amarela é uma zoonose (doença de animais) frequentemente entre macacos, sendo adquirida acidentalmente pelo homem, que é hospedeiro pouco importante no ciclo da doença.
Reservatórios e Agente Transmissor
Existem duas formas de febre amarela que são diferenciadas apenas pelos mecanismos de transmissão.
- Febre Amarela Urbana
- Febre Amarela Silvestre
A febre amarela urbana, que já não ocorre no Brasil, mas que poderá voltar a acontecer, o reservatório é o homem e o agente transmissor é o mosquito Aedes aegypti, que também atua como transmissor da dengue.
Os mosquitos silvestres mais comumente infectados pelo vírus são do gênero Aedes e Haemagogus.
Períodos de Incubação e de Transmissibilidade
No homem, o período de incubação, que ocorre entre a picada infectante e os primeiros sinais e sintomas da doença, variam de
O sangue do paciente torna-se infectante para o mosquito antes mesmo do aparecimento da febre.
Suscetibilidade e Resistência.
Os lactentes nascidos de mulheres imunes possuem imunidade passiva até os 6 meses de idade.
Monitorização Alerta e Alarme
Medidas Preventivas
Infelizmente, está se observando uma falta de continuidade das campanhas de combate a este mosquito, comprometendo os programas de erradicação desta espécie de mosquito domestico.
Medidas de Controle dos Pacientes, dos Contatos e do Meio Ambiente.
Todos os contatos familiares e vizinhos que ainda não foram imunizados são vacinados imediatamente. O inquérito epidemiológico buscando investigar os mecanismos de transmissão do caso especifico também é obrigatório.
Surtos Epidemiológicos
- Imunização de todos os macacos, nas cidades com Jardim Zoológico.
- Aspersão de todas as casas da localidade com inseticida eficiente.
- Aplicação de larvicidas em todos os criadouros e incremento de campanhas de combate a pequenas coleções de água que possam ser utilizadas como criadouros pelas fêmeas.
Em caso de risco de surtos de febre amarela silvestre:
- Os viajantes só poderão penetrar nas áreas enzoóticas 10 dias após a vacinação.
- É importante que a vigilância sanitária mantenha uma constante observação sobre os macacos encontrados mortos e que amostras de tecidos hepáticos destes animais sejam levadas para exame em laboratórios de referencia.
Medidas de Vigilância Sanitária
Roger Clark - PP5RO
SEDEC - RENER
DEFESA CIVIL BRASIL
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