INCÊNDIOS FLORESTAIS
Antes de entrarmos neste tema, vamos fazer uma rápida abordagem sobre o Efeito Estufa e o Aquecimento Global, onde poderemos observar a importância do combate e a prevenção dos incêndios florestais, contribuindo para melhorar a qualidade de vida da população, disponibilizando informações relevantes a serem difundidas sistematicamente entre todos nós.
O Aquecimento Global é o aumento da temperatura da terra que tem preocupado a comunidade cientifica cada vez mais. Acredita-se que seja devido ao uso de combustíveis fósseis e outros processos em nível industrial, que levam à acumulação na atmosfera de gases propícios ao Efeito Estufa, tais como o Dióxido de carbono, o Metano, Óxido de Azoto e os CFCs.
As árvores funcionam normalmente como um depósito para o gás carbônico, após absorvê-lo, devolvem à natureza os resíduos de oxigênio. Mas quando são derrubadas e queimadas, o carbono que contêm, retorna a atmosfera piorando cada vez mais o ar que respiramos e provocando o aumento da temperatura pela liberação desse carbono, consequentemente, contribuindo para o aumento do efeito estufa.
O Brasil é responsável pela emissão mundial de 3% dos gases de efeito estufa. São lançados no país, na atmosfera, um bilhão de toneladas de gás carbônico, 11 milhões de toneladas de metano e 500 mil toneladas de oxido nitroso. Esses três são os principais gases do efeito estufa.
Na realidade, poucos de nós estão envolvidos com o desafio de preservação, são muito poucos em nossa sociedade engajados e sem estímulos suficientes para protestar e lutar por uma causa cheia de importância.
As nossas florestas devem ser preservadas e protegidas. Projetos de florestamento e reflorestamento devem ser realizados em áreas urbanas e peri-urbanas para melhorar as condições de meio ambiente e qualidade de vida.
Pensem nisso, divulguem esse tema com a família e os amigos. Nos radioamadores devemos agir como multiplicadores dessa idéia, chamando a atenção da importância de preservarmos e protegermos as nossas florestas.
Visitem o site S.O.S Mata Atlântica (http://www.sosmatatlantica.org.br/)
Vamos então ao nosso artigo, dando continuidade ao nosso trabalho.
INCÊNDIOS FLORESTAIS - CARACTERIZAÇÃO
A propagação do fogo em áreas florestais e de savanas (cerrados e caatingas), normalmente ocorre com maior freqüência e intensidade nos períodos de estiagem e está intrinsecamente relacionada com a redução da umidade ambiental.
Para que um incêndio se inicie e se propague, é necessária a conjunção dos seguintes elementos condicionantes: Combustíveis, Comburentes, Calor e Reação Exotérmica em Cadeia.
1 – Combustíveis: são compostos sólidos líquidos ou gasosos que alimentam o processo de combustão e queimam em presença de oxigênio. Nas florestas e savanas, as principais cargas combustíveis são constituídas por material celulósico, rico em carbono e resinas presentes em certas árvores que, além de ricas em cadeias de carbono, são facilmente volatilizáveis.
2 – Comburente: é constituído pelo oxigênio que, ao combinar-se quimicamente com os combustíveis, provoca uma reação de oxidação, com intensa liberação de energia calórica. Quanto mais ventilado e rico em oxigênio for o ambiente, mais ativa será a combustão e mais intensa a produção de calor e de chamas.
3 – Calor: a liberação de grandes quantidades de energia calórica permite a previa gaseificação dos combustíveis sólidos e líquidos e facilita a combinação dos mesmos com o oxigênio, bem como a alimentação da combustão.
4 – Reação Exotérmica em Cadeia: é a alimentação da combustão que é mantida a partir da conjunção de condições que permitam e facilitem o desenvolvimento da reação exotérmica em cadeia.
OS INCÊNDIOS FLORESTAIS SÃO CLASSIFICADOS QUANTO
a) Quanto ao estrato florestal – que contribui para manutenção e progressão da combustão e são classificados em:
• Incêndios Residuais que são a queima de húmus, raízes, turfa, troncos mais grossos (causam a morte de raízes, dos microorganismos e da fertilidade do solo). Perduram por mais tempo.
• Incêndios Superficiais que se propagam pelas gramíneas, vegetação arbustiva e folhas e galhos secos depositados sob o solo. É o mais comum de todos os casos de incêndios.
• Incêndio de Copa, quando se propagam nos andares mais elevados das florestas e caracterizam-se pela queima das copas das árvores. As folhagens são totalmente destruídas e geralmente as arvores morrem.
b) Quanto ao Regime de Combustão
• Incêndios Turbilhonares que são intensos, com grande produção de calor e grande velocidade de propagação.
• Incêndios Esparsos quando as fagulhas transportadas pelo vento dão inicio a numerosos focos.
c) Quanto ao Substrato Combustível.
• Incêndios de Florestas Homogêneas, normalmente plantadas pelo homem (Ex: Eucaliptos e Pinus).
• Incêndios de Florestas heterogêneas quando ocorrem em matas heterogêneas, normalmente nativas e são danosos por reduzirem a biodiversidade.
EVOLUÇÃO
Normalmente os incêndios florestais evoluem em estágios. Iniciam-se na vegetação rasteira, propagando-se de forma mais rápida e violenta nos andares mais elevados e passam em seguida à redução das chamas, perdurando por mais tempo queimando raízes subterrâneas, troncos mais grossos semicarbonizados remanescentes.
CAUSAS
Os incêndios podem iniciar-se de forma espontânea ou ser conseqüência de ações e/ou omissões humanas, mas, mesmo nesse ultimo caso, os fatores climatológicos e ambientais são decisivos para incrementá-los, facilitando a sua propagação e dificultando seu controle.
Podem ser por causas naturais como raios, reações fermentativas exotérmicas, concentração de raios solares por pedaços de cacos de vidro em forma de lente e outras causas. Imprudência e descuido de caçadores, pescadores e agricultores pela perda de controle de queimadas, realizadas para “limpeza” de campos de cultivo.
Podem ser causados também por “PIROMANIACOS” (incêndios intencionais e criminosos), além de balões, fogos de artifícios, etc.
PRINCIPAIS EFEITOS ADVERSOS
• Efeitos materiais – destroem as árvores em fase de crescimento ou em fase de utilização comercial, reduzindo a produção de madeiras, celulose, essências florestais e outros insumos (normalmente em áreas homogêneas). Reduz a fertilidade do solo com a destruição da matéria orgânica e a resistência das árvores ao ataque de pragas, sendo necessário o uso de defensivos agrícolas que são caros e provocam danos ao meio ambiente.
• Danos ambientais – reduzindo a biodiversidade; facilita os processos erosivos; reduzindo a proteção de olhos d e nascentes.
Os desastres florestais são causas de perdas humanas e traumatismos causados pelo fogo; problemas respiratórios pela grande quantidade de fumaça na atmosfera comprometendo a qualidade do ar e pessoas desabrigadas e desalojadas.
MEDIDAS DE PREVENÇÃO
• Medida de longo prazo – construção de aceiros que devem ser mantidos limpos e sem materiais combustíveis. Plantação de vegetação de difícil combustão formando cortinas de segurança. Construção de barragens de água que atuem como obstáculos a propagação do fogo e como reserva para combate aos incêndios.
• Medidas de médio prazo – eliminação de material combustível através de capina. Combustão controlada de folhas secas e de arbustos ressequidos. Construção de estradas vicinais no interior das florestas para facilitar a fiscalização e carregamento dos meios para controlar os incêndios.
MEDIDAS DE CONTROLE DO FOGO
Um incêndio florestal do ponto de vista morfológico é constituído por:
• Uma cabeça ou frente de incêndio que se define em função do sentido do vento.
• Uma região posterior ou colo do incêndio, localizada no sentido oposto ao da cabeça.
• Flancos ou laterais do incêndio.
O CONTROLE DO INCÊNDIO NO TERRENO É DESENVOLVIDO POR
• Meios diretos objetivando o combate às chamas e o retardamento da propagação do sinistro através do resfriamento da área com água. Nos incêndios turbilhonares os meio diretos são pouco eficientes e envolvem grandes riscos quando dirigidos contra a cabeça do incêndio.
• Métodos indiretos através de construção de aceiros e/ou através de incêndios controlados reduzindo a carga de material combustível na direção de avanço do incêndio.
• Uso de recursos aéreos com aviões e helicópteros para despejarem água com mistura química no foco do incêndio.
MEDIDAS DE RESCALDO OU PÓS-INCÊNDIO
Após o controle do incêndio principal, iniciam-se as medidas de rescaldo, objetivando impedir a reativação do incêndio. Essas medidas compreendem a eliminação dos focos residuais, descoberta e combate imediato de focos de reativação, ampliação do aceiro, derrubada de arvores e arbustos semicarbonizados as quais devem ser resfriados e/ou recobertos com terra.
Sites sobre o tema:
(http://www.ufrrj.br/institutos/it/de/acidentes/comba.htm)
(http://paginas.terra.com.br/lazer/staruck/queimadas.htm)
Roger Clark – PP5RO
SEDEC / RENER - DEFESA CIVIL BRASIL
Antes de entrarmos neste tema, vamos fazer uma rápida abordagem sobre o Efeito Estufa e o Aquecimento Global, onde poderemos observar a importância do combate e a prevenção dos incêndios florestais, contribuindo para melhorar a qualidade de vida da população, disponibilizando informações relevantes a serem difundidas sistematicamente entre todos nós.
O Aquecimento Global é o aumento da temperatura da terra que tem preocupado a comunidade cientifica cada vez mais. Acredita-se que seja devido ao uso de combustíveis fósseis e outros processos em nível industrial, que levam à acumulação na atmosfera de gases propícios ao Efeito Estufa, tais como o Dióxido de carbono, o Metano, Óxido de Azoto e os CFCs.
As árvores funcionam normalmente como um depósito para o gás carbônico, após absorvê-lo, devolvem à natureza os resíduos de oxigênio. Mas quando são derrubadas e queimadas, o carbono que contêm, retorna a atmosfera piorando cada vez mais o ar que respiramos e provocando o aumento da temperatura pela liberação desse carbono, consequentemente, contribuindo para o aumento do efeito estufa.
O Brasil é responsável pela emissão mundial de 3% dos gases de efeito estufa. São lançados no país, na atmosfera, um bilhão de toneladas de gás carbônico, 11 milhões de toneladas de metano e 500 mil toneladas de oxido nitroso. Esses três são os principais gases do efeito estufa.
Na realidade, poucos de nós estão envolvidos com o desafio de preservação, são muito poucos em nossa sociedade engajados e sem estímulos suficientes para protestar e lutar por uma causa cheia de importância.
As nossas florestas devem ser preservadas e protegidas. Projetos de florestamento e reflorestamento devem ser realizados em áreas urbanas e peri-urbanas para melhorar as condições de meio ambiente e qualidade de vida.
Pensem nisso, divulguem esse tema com a família e os amigos. Nos radioamadores devemos agir como multiplicadores dessa idéia, chamando a atenção da importância de preservarmos e protegermos as nossas florestas.
Visitem o site S.O.S Mata Atlântica (http://www.sosmatatlantica.org.br/)
Vamos então ao nosso artigo, dando continuidade ao nosso trabalho.
INCÊNDIOS FLORESTAIS - CARACTERIZAÇÃO
A propagação do fogo em áreas florestais e de savanas (cerrados e caatingas), normalmente ocorre com maior freqüência e intensidade nos períodos de estiagem e está intrinsecamente relacionada com a redução da umidade ambiental.
Para que um incêndio se inicie e se propague, é necessária a conjunção dos seguintes elementos condicionantes: Combustíveis, Comburentes, Calor e Reação Exotérmica em Cadeia.
1 – Combustíveis: são compostos sólidos líquidos ou gasosos que alimentam o processo de combustão e queimam em presença de oxigênio. Nas florestas e savanas, as principais cargas combustíveis são constituídas por material celulósico, rico em carbono e resinas presentes em certas árvores que, além de ricas em cadeias de carbono, são facilmente volatilizáveis.
2 – Comburente: é constituído pelo oxigênio que, ao combinar-se quimicamente com os combustíveis, provoca uma reação de oxidação, com intensa liberação de energia calórica. Quanto mais ventilado e rico em oxigênio for o ambiente, mais ativa será a combustão e mais intensa a produção de calor e de chamas.
3 – Calor: a liberação de grandes quantidades de energia calórica permite a previa gaseificação dos combustíveis sólidos e líquidos e facilita a combinação dos mesmos com o oxigênio, bem como a alimentação da combustão.
4 – Reação Exotérmica em Cadeia: é a alimentação da combustão que é mantida a partir da conjunção de condições que permitam e facilitem o desenvolvimento da reação exotérmica em cadeia.
OS INCÊNDIOS FLORESTAIS SÃO CLASSIFICADOS QUANTO
a) Quanto ao estrato florestal – que contribui para manutenção e progressão da combustão e são classificados em:
• Incêndios Residuais que são a queima de húmus, raízes, turfa, troncos mais grossos (causam a morte de raízes, dos microorganismos e da fertilidade do solo). Perduram por mais tempo.
• Incêndios Superficiais que se propagam pelas gramíneas, vegetação arbustiva e folhas e galhos secos depositados sob o solo. É o mais comum de todos os casos de incêndios.
• Incêndio de Copa, quando se propagam nos andares mais elevados das florestas e caracterizam-se pela queima das copas das árvores. As folhagens são totalmente destruídas e geralmente as arvores morrem.
b) Quanto ao Regime de Combustão
• Incêndios Turbilhonares que são intensos, com grande produção de calor e grande velocidade de propagação.
• Incêndios Esparsos quando as fagulhas transportadas pelo vento dão inicio a numerosos focos.
c) Quanto ao Substrato Combustível.
• Incêndios de Florestas Homogêneas, normalmente plantadas pelo homem (Ex: Eucaliptos e Pinus).
• Incêndios de Florestas heterogêneas quando ocorrem em matas heterogêneas, normalmente nativas e são danosos por reduzirem a biodiversidade.
EVOLUÇÃO
Normalmente os incêndios florestais evoluem em estágios. Iniciam-se na vegetação rasteira, propagando-se de forma mais rápida e violenta nos andares mais elevados e passam em seguida à redução das chamas, perdurando por mais tempo queimando raízes subterrâneas, troncos mais grossos semicarbonizados remanescentes.
CAUSAS
Os incêndios podem iniciar-se de forma espontânea ou ser conseqüência de ações e/ou omissões humanas, mas, mesmo nesse ultimo caso, os fatores climatológicos e ambientais são decisivos para incrementá-los, facilitando a sua propagação e dificultando seu controle.
Podem ser por causas naturais como raios, reações fermentativas exotérmicas, concentração de raios solares por pedaços de cacos de vidro em forma de lente e outras causas. Imprudência e descuido de caçadores, pescadores e agricultores pela perda de controle de queimadas, realizadas para “limpeza” de campos de cultivo.
Podem ser causados também por “PIROMANIACOS” (incêndios intencionais e criminosos), além de balões, fogos de artifícios, etc.
PRINCIPAIS EFEITOS ADVERSOS
• Efeitos materiais – destroem as árvores em fase de crescimento ou em fase de utilização comercial, reduzindo a produção de madeiras, celulose, essências florestais e outros insumos (normalmente em áreas homogêneas). Reduz a fertilidade do solo com a destruição da matéria orgânica e a resistência das árvores ao ataque de pragas, sendo necessário o uso de defensivos agrícolas que são caros e provocam danos ao meio ambiente.
• Danos ambientais – reduzindo a biodiversidade; facilita os processos erosivos; reduzindo a proteção de olhos d e nascentes.
Os desastres florestais são causas de perdas humanas e traumatismos causados pelo fogo; problemas respiratórios pela grande quantidade de fumaça na atmosfera comprometendo a qualidade do ar e pessoas desabrigadas e desalojadas.
MEDIDAS DE PREVENÇÃO
• Medida de longo prazo – construção de aceiros que devem ser mantidos limpos e sem materiais combustíveis. Plantação de vegetação de difícil combustão formando cortinas de segurança. Construção de barragens de água que atuem como obstáculos a propagação do fogo e como reserva para combate aos incêndios.
• Medidas de médio prazo – eliminação de material combustível através de capina. Combustão controlada de folhas secas e de arbustos ressequidos. Construção de estradas vicinais no interior das florestas para facilitar a fiscalização e carregamento dos meios para controlar os incêndios.
MEDIDAS DE CONTROLE DO FOGO
Um incêndio florestal do ponto de vista morfológico é constituído por:
• Uma cabeça ou frente de incêndio que se define em função do sentido do vento.
• Uma região posterior ou colo do incêndio, localizada no sentido oposto ao da cabeça.
• Flancos ou laterais do incêndio.
O CONTROLE DO INCÊNDIO NO TERRENO É DESENVOLVIDO POR
• Meios diretos objetivando o combate às chamas e o retardamento da propagação do sinistro através do resfriamento da área com água. Nos incêndios turbilhonares os meio diretos são pouco eficientes e envolvem grandes riscos quando dirigidos contra a cabeça do incêndio.
• Métodos indiretos através de construção de aceiros e/ou através de incêndios controlados reduzindo a carga de material combustível na direção de avanço do incêndio.
• Uso de recursos aéreos com aviões e helicópteros para despejarem água com mistura química no foco do incêndio.
MEDIDAS DE RESCALDO OU PÓS-INCÊNDIO
Após o controle do incêndio principal, iniciam-se as medidas de rescaldo, objetivando impedir a reativação do incêndio. Essas medidas compreendem a eliminação dos focos residuais, descoberta e combate imediato de focos de reativação, ampliação do aceiro, derrubada de arvores e arbustos semicarbonizados as quais devem ser resfriados e/ou recobertos com terra.
Sites sobre o tema:
(http://www.ufrrj.br/institutos/it/de/acidentes/comba.htm)
(http://paginas.terra.com.br/lazer/staruck/queimadas.htm)
Roger Clark – PP5RO
SEDEC / RENER - DEFESA CIVIL BRASIL
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